o prazer da mesa

Mini-localidade (não chega a ser um sítio na rede) dedicada ao ténis de mesa nas sua múltiplas vertentes. Divulgação altruísta e exibicionismo vão de um praticante do INATEL que também é jornalista.

domingo, julho 08, 2007

Faltam horas de voo



O técnico da selecção portuguesa, o brasileiro Jorge Schmidt, era um homem sereno no final do encontro e foi com toda a simpatia que compareceu na Conferência de Imprensa final:

"Estou triste por não ter podido corresponder à simpatia com que fomos acolhidos em Portimão, até para dedicar a vitória às crianças com quem estivemos. Nesse sentido, acho que falhámos. Mas temos de dar o mérito à Espanha e os parabéns ao seu treinador. Faltam horas de voo à equipa de Portugal. Permitam-me esta imagem. E polimento nos detalhes.

E difícil avaliar com frieza o jogo, nestes momentos. Estou feliz por ter jogado com a Espanha. E orgulhoso de Portugal. Lutou bravamente. A equipa entrou decidida. Tínhamos um plano táctico muito arriscado. E conseguimos um compromisso muito bom entre o risco e os resuiltados. É sempre uma eterna guerra do gato e do rato.

Agora temos de ver os vídeos e analisar os detalhes.

Vamos parar duas semanas. Até aqui treinámos intensamente, preparando o objectivo da final. Depois das duas semanas de paragem vamos realizar dez treinos. E depois vamos fazer jogos ao Brasil. No total desta fase de preparação serão 13 jogos em 15 dias. A ideia é já preparar a qualificação para os Jogos de Pequim, em Maio de 2008. Vou usar o grupo de trabalho normal, vou levar 15 jogadores. Não vou para fazer exercícios de quadra. Vou para competir".

O brasileiro revelou ser um óptimo conversador, denotou "fair-play" perante a derrota e uma apetência especial para conviver com a Comunicação Social, com quem pretende estreitar laços. Notou-se-lhe uma curiosidade em saber mais sobre os profissionais que acompanham o voleibol.

Quanto a Andrea Anastasi, elogiou a prestação da selecção portuguesa em termos que têm de deixar muito satisfeitos os responsáveis do corpo técnico nacional:

"Já sabia que o jogo ia ser muito duro e estava com receio de Portugal. Eles jogaram muitos jogos em bom nível. Sabem jogar voleibol. Evoluíram muitíssimo. Actuam com bolas rápidas. O distribuidor Pinheiro causou-nos muitas dificuldades. Mas nós temos 'ganas' na quadra. Defendemos muitas bolas. Foi um dos factores da vitória. Na 'negra', a diferença é marcada por uma bola de sorte ou de azar. Parabéns a Portugal e ao seu treinador".

O "capitão" da selecção portuguesa, João José, foi distinguido em pleno campo de jogo pelo presidente da autarquia portimonense (frequentador de outros recintos desportivos de Portimão, para além do Arena, alguns bem recentes), Manuel António da Luz, com um "souvenir" comemorativo, sendo acompanhado pelo presidente da Federação Portuguesa de Voleibol, Vicente Araújo.

E o "speaker" de serviço não se cansou de dizer que João José é "um filho de Portimão".

LOS HERMANOS FOLLADORES


A equipa de voleibol de "nuestros hermanos" fornicou as ambições da selecção portuguesa e triunfou na final da Final Four da Liga Europeia de Voleibol, disputada ontem ao final da tarde nas belas instalações do Arena de Portimão, pelos parciais de 21-25, 25-18, 25-22, 19-25 e 20-18, após um encontro muito emocionante e tecnicamente bem disputado, de parte a parte, embora com momentos de menor acerto por ambas as formações.

Portugal começou muito bem, cheio de confiança e, com um serviço agressivo, criou dificuldades de vária ordem ao excelente distribuidor do conjunto espanhol, Miguel Falasca, que se "travestiu" de Niguel Maia em muitas ocasiões, conseguindo pontos de belo efeito ao segundo toque, deixando os adversários "pregados" ao solo. Ainda assim, quem ganhou o troféu de
melhor distribuidor do torneio foi Masny, da Eslováquia.

Depois de um 25-21 em 24 minutos, poder-se-ia pensar que o conjunto português (bem apoiado por cerca de 1200 pessoas, incluindo uma claque especial de apoio a André Lopes --- as jovens do Sena Clube de Seia, terra de origem do jogador benfiquista, cujo treinador actual das meninas foi também seu treinador) poderia embalar para a vitória na final.

Mas a coesão de Espanha não o permitiu. Até aos 10-11 o encontro decorreu equlibrado, mas uma quebra lusitana de 10-11 para 11-15 e 14-20 já não deixou que Portugal alcançasse uma moralizadora vitória no segundo set. Os espanhóis subiram de rendimento no bloco e Hugo Gaspar tinha cada vez mais dificuldades em impor o seu jogo. Apesar disso, foi ainda considerado o melhor rematador da competição, troféu recebido por João José, por motivos...de desânimo de Hugo, que, tal como Eusébio no Mundial de 1966, não conseguiu conter as lágrimas e estava em momentos de algum recolhimento quando o prémio foi anunciado aos altifalantes do Arena. Quando entrou em campo, perguntou mesmo a João José em que qualidade tinha sido distinguido.

Após a vitória por concludentes 25-18 no segundo set, a Espanha aumentou os níveis de confiança e a meio do terceiro set ganhou vantagem que parecia decisiva: 13-8 e 18-13. De um momento paar o outro, a "raça" portuguesa conseguiu ainda fazer acreditar que o set não estava perdido, ao chegar até 20-21, depois de um "super-chouriço" de João José. Parecia que a sorte
estava do lado de Portugal, para além da garra. Mas um bloco português que foi para fora por pouco e um ás de Guillermo Falasca (considerado o melhor jogador do torneio e igualmente o melhor pontuador) colocou o marcador em 23-20 para os espanhóis. E o set terminou com um serviço para fora de Nuno Pinheiro (25-21).

No quarto set, a Espanha teve uma quebra de todo inesperada, Hugo Gaspar subiu de rendimento, Eden Sequeira conquistou pontos importantes no centro da rede, Flávio disparou alguns poderosos remates e o marcador passou de 10-10 para uns inesperados 20-13, com os espanhóis perturbados, perdendo-se em algumas discussões com a arbitragem. Na parte final do set ainda chegaram até aos 19-21, mas foi só o susto para Portugal, que venceu por 25-21.

Na "negra", a equipa portuguesa começou melhor (3-1) e trocou de extremos a vencer por 8-7. O encontro foi extremamente equilibrado e nervoso e a equipa lusitana evitou o match-point aos 13-14, 14-15, 15-16, 16-17 e 17-18. Aos 18-18, Hugo Gaspar desconcentrou-se e pisou a linha de serviço na pior altura, dando o decisivo match-point aos espanhóis, que obtiveram a vitória
com um bloco vitorioso.

A festa era espanhola e a assistência portuguesa abandonou ordeiramente o recinto, mas já não teve coragem de ficar a assistir à celabração de "nuestros hermanos", que cantavam "Campeones, campeones, campeones" e saltavam em círculos dentro do recinto. Depois, no pódio, tiveram direito ao celebradíssimo tema dos "Queen" (We ate de the Champions) e a confetti.

Não era para menos. Era o primeiro grande título do conjunto espanhol, que deixou pelo caminho, nesta Liga Europeia, as favoritas formações da Alemanha e da Holanda, sem menosprezar a jovem formação da Bélgica, como adiantou o treiandor de Espanha na Conferência de Imprensa final, tecendo rasgados elogios aos progressos dos portugueses e ao trabalho de Jorge Schmidt.

Se a festa do título não foi portuguesa, a simples realização do evento em Portugal é motivo de satisfação, para mais num palco com todas as condições para grandes espectáculos desportivos.

E agora venha de lá o Salão Erótico, de 24 a 26 de Agosto. Isto para mim foi só estágio no local, apesar de ter jogado voleibol...na III Divisão Nacional.

sábado, julho 07, 2007

JOÃO JOSÉ TEM MEDO DA MULHER


O capitão da selecção portuguesa de voleibol, João José, tem medo da mulher. Pelo menos não vai arriscar uma presença neste mesmo recinto do "Arena de Portimão" entre 24 e 26 de Agosto, quando aqui se realizar o primeiro Salão Erótico, com a mesma máquina organizativa do Salão de Barcelona e do Salão de Lisboa.

"A minha mulher matava-me, se eu comparecesse".

Estando presente em tudo o que é loja de Portimão através dos cartazes a divulgar a Final Four da competição, estando presente nas portas das carrinhas, estando presente nas capas das revistas oficiais da Federação Portuguesa de Voleibol, João José bem pdoeria ser o símbolo sexual de Portimão, da selecção portuguesa e do Salão Erótico.

Afinal, ele é o herói da terra e foi ontem homenageado em pleno pavilhão, recebendo das mãos de António Florêncio (CNID --- Clube dos Jornalistas de Desporto) e de Vicente Araújo (presidente da FPV) o troféu de "Atleta do Ano", atribuído pelo CNID. Não é todos os anos que isto acontece a um praticante de voleibol, num país "fanático" por futebol e que ainda tem uma relação de certo diletantismo em relação ao voleibol.

E o público presente no Arena de Portimão soube acarinhar o atleta. Quanto mais não fosse porque estavam presentes cerca de 20 familiares do atleta. "Também não tenho assim uma família tão numerosa aqui", confidenciou ao blogger do "Prazer da Mesa".

Nós assistimos aos dois primeiros sets do Portugal--Eslováquia mesmo à frente dos primos, que só se deslocaram à Madeira (onde João José actuou) para o casamento do atleta. E ainda não calhou irem à Alemanha assitir a um encontro. Mas isso faz parte dos planos da família, embora o membro mais novo (equipado com uma camisola vermelha com o número 8 estampado) estivesse mais preocupado em comer um gelado (apesar de ter lanchado) e confundisse a selecção da Eslováquia com o FC Porto, devido aos equipametos azuis. Mas o seu progenitor lá lhe ia explicando o que era o voleibol e lhe ia mostrando o primo em campo.

"De pequenino é que se torce o pepino". Quem sabe se não estaremos em presença de um grande campeão do futuro? O exemplo do primo João José não podia ser melhor.

Portugal e Espanha decidem Liga Europeia


As selecções de Portugal e Espanha vão decidir hoje, pelas 18h30m, no novíssimo equipamento "Arena" de Portimão, a atribuição do título europeu da Final Four da Liga Europeia de Voleibol, após terem afastado, respectivamente, a Eslováquia (3-1, com parciais de 25-21, 20-25, 25-21 e 25-23) e a Eslovénia (23-25, 25-22, 25-18 e 25-23).

Para a Federação Portuguesa de Voleibol, esta ida à final de uma grande competição recompensa a aposta na organização da Final Four numa zona do país em que a implantação da modalidade está longe de ser vasta. Isso mesmo destacou o técnico do conjunto português, o brasileiro Jorge Schmidt, que procura trabalhar o "astral" da selecção lusa.

"Toda a minha vida ganhei e perdi. No voleibol não há empates, por isso quero que os jogadores tenham alegria no jogo", afirmou na Conferência de Imprensa que se seguiu a uma emocionante partida.


Após um excelente início de encontro (vitória no primeiro set conseguida de forma convincente), Portugal baixou de rendimento e permitiu que a Eslováquia "reentrasse" no jogo, vencendo o segundo parcial.

A boa reacção da equipa portuguesa no terceiro set deixou a equipa à beira do êxito inédito de chegar à final de uma grande competição mundial. E tudo parecia encaminhar-se nesse sentido. Portugal estava a vencer por 8-5 quando se deu o "caso do jogo" e um acontecimento raro no voleibol.

A formação inicial de Portugal estava errada, mas o árbitro validou-a.
A mesa atrás do árbitro não se apercebeu do erro. O mesmo acontecendo com os representantes da CEV (Confederação Europeia de Violeibol). Foi mesmo a equipa técnica portuguesa que notou esta irregularidade e o capitão da selecção portuguesa sabia que era forçado a parar o jogo, para obviar a que depois de uma vitória no quarto set acontecesse o protesto da selecção eslovaca.

Segundo o presidente da Federação Portuguesa de Voleibol, Vicente Araújo, o que deveria ter acontecido era o recomeço do set com o marcador em 0-0.
O que aconteceu na realidade foi o recomeço da partida, após mais de dez minutos de paragem, com a alteração do resultado de 8-5 favorável a Portugal para 5-0 a favor do adversário.

Portugal reagiu muito bem a esta situação e recuperou para 5-6, mas depois permitiu diferenças de 11-14, 15-19 e 17-21, favoráveis aos forasteiros.
Quando tudo indicava que a ida à final se decidiria numa emocionanta negra", um belo volte-face dos portugueses permitiu que o marcador voluísse desta forma: 20-12, 20-22, 21-22, 21-23, 22-23, 23-23 (poderoso remate de Hugo Gaspar na grande diagonal, que pôs o pavilhão em delírio), 24-23 (bloco de Flávio a duas mãos, empurrando com ligeireza uma bola de ressalto) e 25-23 (serviço de João José e remate para fora do adversário).


Foi a grande festa de público, dirigentes e jogadores num palco digno e bem equipado para uma final europeia.

A partir de agora, que não se diga que um Portugal--Espanha numa grande final europeia é apanágio exclusivo do hóquei em patins.

Assim o público corresponda hoje em bom número no "Arena" de Portimão e estão reunidos todos os condimentos para um saboroso pitéu voleibolístico.

domingo, maio 06, 2007

ESCRITOR LOUCO LANÇA TRÊS LIVROS NUM DIA!














O conhecido louco Luís Graça (igualmente notório como escritor) foi acometido de mais um ataque de grau 7 e prepara-se para lançar três livros no mesmo dia, a menos que seja impedido pelas autoridades competentes, ou seja, Júlio de Matos e Miguel Bombarda.

A tripla insanidade ocorrerá a partir das 18 horas do dia 17 de Maio (quinta-feira), na Livraria Bulhosa Entrecampos, em Lisboa (15 minutos a pé a partir do Júlio de Matos, um pouco mais a partir do Miguel Bombarda).

Produtos de uma mente doentia e delirante (mesmo perigosa), os livros "De boas erecções está o Inferno cheio, King Kong Size, Edição Especial para Masturbadores" (poesia), "A mulher que fazia recados às putas e mais contos perversos" (contos) e "15 desatinónimos para Fernando Pessoa" (contos) estarão disponíveis para todos os corajosos que se quiserem arriscar a
comparecer no referido espaço de confraternização literária.

Igualmente presente estará o pessoano Riba de Castro, brasileiro radicado em Espanha, que comete a loucura de se deslocar expressamente (ou de avião?) de Madrid para o acontecimento, previsivelmente recheado com uma curta-metragem de Riba de Castro alusiva ao vate português ("Pessoalmente") e uma exposição de fotos que é... uma loucura! ("Lisbon Revisited", trabalhos de Inês Ramos e José de Deus, com textos de Luís Graça).

Luís Graça assegura que lhe retirarão a mordaça e o colete-de-forças na hora da sessão de autógrafos.

quarta-feira, abril 04, 2007

Margarida Rebelo Pinto até dá ponta ao Pargo




As equipas masculina e feminina de ténis de mesa da Ponta do Pargo têm marcado a sua posição nos respectivos campeonatos. No entanto, para além do aspecto desportivo, há que realçar a componente sexual das equipas madeirenses, nomeadamente a masculina.

Um dos elementos principais da Ponta do Pargo confessou ao "Prazer da Mesa", sob anonimato, que os livros de Margarida Rebelo Pinto lhe davam uma ganda ponta.

Uma foto do nosso repórter Flash Gordon's (que consegue beber mais gin do que Ary dos Santos e praticamente só tem fotos com delirium tremens) captou o momento em que o jogador da Ponta do Pargo se aproximou sem susexo de Margarida Rebelo Pinto.

Bolls faz dobradinha e lixa Samsonite

















O germânico Timo Peppermint Bolls bateu o pielorrusso Vladimir Samsonite por 4-1, na final do Europeu individual de ténis de mesa, que terminou domingo em Belgrado. Apesar de ter a cabeça cheia de licor de peppermint, Bolls deu 4-1 a Vladimir Samsonite, cuja recuperação no único set ganho serviu apenas para retardar a derrota.
Recorde-se que Bolls já havia ganho a final de Pares Homens, ao lado do germânico Chucha.

quarta-feira, março 28, 2007

PARABÉNS, MIÚDOS!




A selecção portuguesa de ténis de mesa bateu a Bélgica e a República Checa por 3-1, nos seus dois últimos compromissos do Europeu da Sérvia,I Divisão.

Com estes resultados, classificou-se em 13º lugar entre 16 equipas e assegurou a permanência na I Divisão Europeia, apurando-se directamente para o Europeu do ano que vem, a disputar na Rússia.
A Dinamarca (que bateu Portugal por 3-1 no primeiro jogo dos lusitanos) ficou em nono lugar, perdendo o ceptro para a Alemanha, que levou de vencida a Croácia por 3-0, na final.

O sucesso germânico foi mais fácil do que se esperaria e começou a ser construído com uma clara vitória de Timo Boll sobre Zoran Primorac(3-0).





Este vosso amigo assistiu ao encontro da final no hotel Douro, no Porto, num belo plasma, bebendo um Porto Ferreira, servido por funcionárias do mais simpático que há.

Além do mais, o recepcionista João Caravela exibe orgulhosamente o símbolo do Sporting na lapela do seu "equipamento" do Hotel Douro.
É pena o Hotel Douro não ter pay TV com filmes porno como o "Quality Inn Portus Cale" (onde passei a primeira noite no Porto), mas o plasma com a final do Europeu de Ténis de Mesa já me consolou.

De manhã fui ao Holmes Place Constituição, com o meu amigo Rui Guimarães (jornal O JOGO) e participámos na aula de Jogos Aquáticos. Estive bem. Marquei de 3 pontos no cesto de basquetebol, levei com uma bola na tromba na baliza de pólo aquático, que impediu um golo certo, ganhei uma estafeta a rebocar e a ser rebocado por um colega. Isto nos 20m. Na ida e volta fui vice-campeão.E isto para um gajo com 69 anos quase feitos.

E ontem fiz um strip num restaurante que é propriedade de um curdo que veio da Holanda e está radicado no Porto.

Enfim, nada de especial a assinalar na minha vida.

ATENÇÃO: O EUROSPORT VAI CONTINUAR A TRANSMITIR O EUROPEU ATÉ DOMINGO. Entrem no site (www.eurosport.com) e ponham-se a pau com as horas, sem esquecer a mudança de hora de sábado, que pode baralhar.

VIVA O TÉNIS DE MESA! VIVA EU! VIVA O PORTO! VIVA A DEBORAH NOFRET! VIVA O RUI GUIMARÃES! VIVA A KATJA DO HOLMES DO ESTÁDIO DO BESSA!

(Agora vou jantar e aqui no Porto come-se bem como o caralho)

quinta-feira, março 08, 2007

Eu pensava que Pares Mistos era queijo e fiambre...

CAMPEONATOS DISTRITAIS DE PARES – 2006/07
(Femininos e Mistos)

CLASSIFICAÇÃO DE PARES MISTOS E RELAÇÃO DE CONCORRENTES INSCRITOS PARA PARES FEMININOS

Disputou-se no dia 30 de Janeiro de 2007, nas instalações do CCD do Caselas FC, o Campeonato Distrital de Pares Mistos, com a participação de quatro (4) Pares e os resultados foram os seguintes:

CLASSIFICAÇÃO FINAL
PARES MISTOS

1º: Luis Fernando Aguiar Esteves - GD BV Alverca; Anabela Flor Leitão Santos - Caselas FC
2º: Nelson Filipe Rodrigues Mourinho - Caselas FC; Andreia Sofia Campanha Camões - Caselas FC
3º: Stefan Ehrhard Reitz - Caselas FC; Daniela Marta Rodrigues da Silva - Caselas FC
4º: Romeu Rosa Faustino Cruz Caselas - FC; Sónia Cristina De Brito Félix Lourenço - Caselas FC

PARES FEMININOS
(Eram tantas equipas que nem jogaram...)

Anabela Flor Leitão Santos - Caselas FC; Daniela Marta Rodrigues da Silva - Caselas FC
Andreia Sofia Campanha Camões - Caselas FC; Sónia Cristina De Brito Félix Lourenço - Caselas FC

O Campeonato de Pares Femininos, não se realizou, porque se registou apenas a inscrição de dois pares. No entanto, podem os inscritos ascender à Fase Nacional, a expensas próprias.


INSCRIÇÕES PARA O CAMPEONATO NACIONAL

Os Pares interessados e em condições regulamentares de participar no Campeonato Nacional (que constem na classificação final ou, no caso dos Pares Femininos, se encontrem inscritos na Fase Distrital), a realizar no dia 14 de Abril de 2007, em Viseu, têm que comunicar por escrito, o seu propósito, ao INATEL (Sede, Secção de Desportos Individuais), impreterivelmente até ao dia 9 de Março de 2007.

Eu e o Jorge lá nos safámos do último lugar...

PROVAS REGULAMENTARES (DESPORTOS INDIVIDUAIS)
CAMPEONATO DISTRITAL DE PARES MASCULINOS – 2006/07

Disputou-se, nas instalações do INATEL do Parque de Jogos 1.º de Maio, com a participação de 19 Pares (38 atletas), o Campeonato mencionado em epígrafe.

Resultado final do Campeonato:

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º: Luis Fernando Aguiar Esteves - GD BV Alverca; Paulo Alexandre Carvalho L R Malva - GD BV Alverca







2º: Fernando Jesus Carvalho - Caselas FC; Rogério Reis Gonçalves Dias - Caselas FC















3º: José Orlando Kerque Henriques - Caselas FC; Stefan Ehrhard Reitz - Caselas FC
4º: Joaquim Lourenço Grosso Simões - EDP; Eduardo Manuel Sousa Silva - EDP
5º: Romeu Rosa Faustino Cruz - Caselas FC; Nelson Filipe Rodrigues Mourinho - Caselas FC
6º: Adelino Castro Costa Bastos - EDP; Luis Alexandre Sousa Silva - EDP
7º: Ricardo Alexandre M Cruz - GD BV Alverca; Rui Manuel Rodrigues Vicente - GD BV Alverca
8º: Carlos Picado Santos - TAP; António Joaquim Matias Serôdio - TAP
9º: Carlos Miguel Cagica G. Pinto - Siemens; José Fernando Prazeres Carvalho - Siemens
10º: Renato Alexandre Ginja Silva - Individual; José Carlos Pires - Individual
11º: Hugo Ricardo Santos Bento Pinto - Siemens; Miguel Ferreira Fernandes Barros - Siemens
12º: Amadeu Carlos Alves Afonso Caselas - FC; José Augusto Dias Moreira Caselas - FC
13º: Francisco José Loureiro M Chaves - Caselas FC; Adelino Esteves Martins - CTT
14º: José Manuel Henriques Caetano - Rádio Marconi; Hélder Marciano Almeida Paiva - Rádio Marconi
15º: Rui Alexandre Henriques Gonçalves - TAP; Pedro Miguel Santos Lopes - TAP







17º: Paulo António Moreira Gomes - Siemens; Armando Manuel Eugénio Reis - Siemens

Os Pares interessados e em condições regulamentares de participar no Campeonato Nacional (que constem na classificação final), a realizar no dia 14 de Abril de 2007, em Viseu, têm que comunicar por escrito, o seu propósito, ao INATEL (Sede, Secção de Desportos Individuais), impreterivelmente até ao dia 9 de Março de 2007.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A fuga à “lanterna vermelha”




Bolas! A coisa esteve feia!

O grande objectivo da época para o par Jorge Roxo/Luís Graça é a fuga à “lanterna vermelha”, ao “carro-vassoura”, ao último lugar do campeonato, como lhe queiram chamar. Se é preciso definir objectivos para a época, este é o nosso, inalcançáveis e utópicos que se nos afiguram os outros.

Na sexta-feira, num pavilhão do Inatel bem mais quente do que em jornadas anteriores (a chuva afastou um bocadinho o frio), defrontámos o pior par da Siemens, constituído por Paulo Gomes e Armando Reis. Duelo importantíssimo na fuga à “lanterna vermelha”.

Tanto Jorge Roxo como Luís Graça nunca tinham defrontado os adversários em singulares ou pares, por isso estava tudo em aberto neste choque de anti-titãs.

Início tremendamente mau do nosso par quase deu a vitória à dupla da Siemens no primeiro set. O resultado chegou a ser-nos desfavorável por quatro ou cinco pontos. No entanto, uma boa recuperação levou-nos a vencer por 13-11. Estava dado o mote. Não podia haver desconcentrações.

O pior é que estávamos completamente frios (chegámos em cima da hora) e desconcentrados. Se tínhamos jogado mal no primeiro set, os dois seguintes foram do pior que já mostrámos ao longo das nossas longas carreiras mesa-tenísticas. Luís Graça falhou três serviços neste encontro (um deles com a bola a ir directamente para baixo da mesa, outro a bater no lado errado e outro a sair largo), mais do que em todos os compromissos anteriores.

E se ainda conseguiu bastantes pontos directos quando Armando Reis recebia, o duelo particular com Paulo Gomes estava a correr bastante mal. Paulo Gomes não acusava os serviços de Luís Graça (que variava sem grandes resultados) e colocava-lhe bastantes dificuldades na recepção, que esteve verdadeiramente desastrosa.

Em resumo, nada funcionava. Nem o smash de direita, nem o bloco, nem a recepção. Quando olhámos para o marcador, os nossos adversários estavam à frente por 2-1, com vitórias nos segundo e terceiro sets por 11-3 e 11-7.

Nesta altura o sr.Dâmocles estava com a sua espada em cima da nossa cabeça, o sr.Aquiles esfregava-nos os calcanhares com Reumon Gel e o sr.Ajax proclamava a quem o queria ouvir: “Isto está a ser uma limpeza da Siemens que só visto. Eles são os mais poderosos!”.

Lá fomos para a mesa sem saber muito bem o que fazer, enquanto os “siemensenses” Carlos Cagica e José Carvalho iam moralizando os seus companheiros e fornecendo-lhes algumas instruções para acabarem de nos enterrar. Mas se o Luís Graça tem um feitio mais maleável, o Jorge Roxo teima bastante e enquanto tiver um bocadinho da cabeça de fora resiste ainda e sempre ao invasor.

(Esta linguagem deve ter sido directamente influenciada pelo facto de ter assistido à curta-metragem “Morrer”, de Diogo Camões, no festival de curtas-metragens promovido pelo Instituto Franco-Português)

Já com os fantasmas da derrota a agitarem a “lanterna vermelha”, Roxo/Graça lá se conseguiram concentrar um bocadinho mais e ganharam o quarto set por 11-4.

Intervalo para beber água (pormenor que irrita sobremaneira Jorge Roxo, não se sabe bem porquê) e regresso à mesa para a “negra”. E que regresso! Quando trocámos de extremos, o resultado estava em 5-2 para o par da Siemens. Chegou ainda ao 8-6. A coisa estava mesmo preta, e não era por se estar a disputar a “negra” ou por algum dos adversários ser originário do continente africano.
Num último esforço, lá empatámos a 8 e passámos para 10-8, dispondo de dois “match-points”. Um deles desperdiçado por Luís Graça com um smash capaz de enternecer as pedras da calçada. Uma coisa verdadeiramente de ir às lágrimas. Uma vocação natural para a incompetência. Do 10-8 para o 10-10 foi questão de dez segundos, ou coisa assim.
Finalmente, lá ganhámos o jogo por 13-11, conseguindo a segunda vitória da época de Pares. Mas a outra não deve ser contabilizada, porque o par do Totta/Santander desistiu.





Conseguido que estava o nosso grande objectivo da noite, subimos imenso de rendimento com um par que está num patamar bem acima do nosso. Carlos Cagica/José Carvalho venceram por 3-0 (11-9, 13-11, 11-4) num encontro que apresentou dois sets equilibrados, embora a superioridade adversária nunca estivesse em causa.
Mesmo assim, entrámos a ganhar por 4-0, permitindo a reviravolta para 4-8 e recuperando depois para 8-9. No segundo set dispusemos mesmo de um set-point desperdiçado. E no terceiro veio naturalmente ao de cima a maior valia do adversário.
A exibição de Carlos Cagica foi determinante no resultado. A José Carvalho ainda era possível colocar algumas dificuldades na recepção, através de serviços curtos e cortados. Mas com Carlos Cagica a receita não dava resultado. Se Jorge Roxo servia para Cagica, era certo e sabido que a bola era devolvida com tanto spin que Luís Graça se fartou de efectuar “smashes” na atmosfera, com a bola a ganhar ainda mais efeito e a fugir da mesa no último momento. E isto aconteceu umas 8 ou 9 vezes!
Quando tentou blocar, Luís Graça deixou a bola na rede ou ela saiu demasiado longa. E a grande descoberta da “soirée” (cortar a bola com a borracha Tackifire) só apareceu perto do final da noite, em três ou quatro pontos em que Carlos Cagica smashou para fora bolas que pareciam fáceis e tinham sido cortadas pela borracha negra.

Na jornada anterior, na segunda-feira, apenas um encontro, frente a Renato Ginja/José Carlos Pires(esquerdino), dois homens muito experientes na modalidade. Vitória normal dos adversários por 3-0 (11-4, 11-8 e 11-9).
No entanto, depois de um péssimo primeiro set, a dupla Roxo/Graça respondeu com uma gradual subida de rendimento nos restantes. Esteve à frente no segundo e terceiro sets, com particular destaque no terceiro, em que desperdiçou as vantagens de 5-1 e 7-4. Ficámos com a sensação de que poderíamos ter feito mais.
Como nota de reportagem diga-se que Renato Ginja se preparava inadvertidamente para iniciar o encontro com a raqueta de Luís Graça, pousada do seu lado da mesa. E a sua raqueta, de picos anti-top (raquetas de defesa) é bem mais leve do que a de Luís Graça. Este episódio proporcionou alguns sorrisos antes do encontro se iniciar.

No que respeita a trocas, uma vez houve em que Janino Pereira saiu do pavilhão com os sapatos de Jorge Roxo. E na sexta-feira Luís Graça chegou a ter vestidas umas calças de bombazina que lhe estavam bem ajustadas. Só que eram verdes e não castanhas, como as que tinha levado!

E tirando os nossos amigos da Marconi, que gostam de regar bem os jantares antes do ténis de mesa, a malta nem bebe muito!

domingo, fevereiro 04, 2007

Era mais três, se faz favor, para a mesa do canto!









E sem tremoços! Foram mais três derrotas imperiais e sem qualquer tipo de discussão.
Primeiro, com dois pares da EDP, que bem nos fundiram no meio do maior obscurantismo técnico-táctico.
Começámos por Joaquim Simões e Eduardo Silva (5-11, 5-11 e 4-11). E alguns pontos conquistados por nós ainda deram a sensação de ter sido conseguidos em campanha de promoções por parte do adversário.
Impressiona a facilidade de ataque do par oponente. Podemos cortar os “serviços” que não adianta muito. O seu arsenal técnico permite-lhes imprimir top-spins de direita e de revés que nos deixavam “pregados” ao solo. Eu e o Roxo nem sequer olhavámos um para o outro. Para quê?





De maneira que o único bloco deste encontro foi aquele que eu tinha dentro da minha pasta, para tomar apontamentos do workshop de escrita teatral com José Sanchis Sinistierra, que estou a frequentar no D.Maria II. A D.Maria não tem podido comparecer. À noite, no entanto, o almeida Garrett costuma varrer as redondezas daquele que também é conhecido pelo nome de Teatro Nacional, devido ao patrocínio de uma conhecida marca de bolachas.

Seguiu-se o par Adélio Bastos e Luís Silva. A mesma história, mas com alguns contornos diferentes (3-11, 6-11, 3-11). Além das capacidades mesa-tenísticas, Adélio Bastos destaca-se também pela esmerada correcção que coloca no contacto com os adversários. José Caetano (Marconi) confodenciou-nos em pleno balneário que Adélio começa agora a integrar-se no espírito dos prazeres da “outra” mesa, nos duelos de patuscada que a Marconi vem desenvolvendo há largos anos.

Por fim, o encontro em que as nossas esperanças de vitória seriam de algum modo fundadas. O raciocínio baseava-se no grande equilíbrio nos encontros de Individuais entre Luís Graça, Jorge Roxo, Hugo Pinto e Miguel Barros (eles são da Siemens. A gente não).


Luís Graça foi duas vezes derrotado por Hugo Pinto (3-2), após encontros muito interessantes e equilibrados. Da primeira, esteve a ganhar por 2-0 e permitiu a recuperação do adversário. Da segunda aconteceu o contrário. Esteve a perder por 2-0, empatou a dois e perdeu a concentração na “negra”.

Luís Graça apenas uma vez defrontou Miguel Barros. Derrota por 3-2, após emocionante jogo, em Dezembro de 2004. Luís Graça chegou um pouco bêbedo ao Inatel, depois de uma tarde travestido de Dick Hard na livraria Assírio e Alvim do King Triplex. Prolongada sessão de autógrafos no livro “De boas erecções está o Inferno cheio”.
Luís Graça evita a cerveja, mas Dick Hard dá-lhe. Pelo que Luís Graça foi obrigado a beber quatro Guiness e a fumar vários charutos.
Quando jogou com Miguel Barros já estava bastante sóbrio. O pior é que o jogo do adversário é igualmente sólido e sóbrio. Mesmo assim, Luís Graça conseguiu o mais difícil. Recuperou de 0-2 para 2-2, com duas vitórias pelo mesmo parcial (11-7). E quando deveria aproveitar a natural vantagem psicológica de ter virado o jogo...perdeu a “negra”.

Enquanto esperava para efectuar os seus jogos, Miguel Barros dedicava-se à leitura de um livro “pequenino”: “A mãe”, de Gorki. Estava tão embrenhado na leitura que quase ia levando com alguns “smashes” meus no toutiço. Quem manda ir ler Gorki para a cabeceira?

Quanto a Jorge Roxo, perde e ganha com Hugo Pinto. Na fase final do campeonato distrital individual, foi Hugo Pinto que terminou a carreira de Jorge Roxo na prova, na segunda ronda, com vitória por 3-1. Hugo Pinto concluiu o campeonato na 6ª posição, remetendo Jorge Roxo para o 14º.

Todo este equilíbrio não se projectou no encontro de Pares. A diferença é bastante grande, pese embora algumas fases de certo equilíbrio. O segundo “set” foi o único em que as coisas poderiam ter tomado outro rumo.


Hugo Pinto esteve algo irregular (fez mesmo alguns serviços directos para fora) e foi mais permeável aos serviços de Luís Graça, que nesta noite também não falhou nenhum e voltou a conseguir alguns pontos directos. Sem nada a perder já no final da jornada, ensaiou mesmo um serviço à “chinês”, lançando a bola muito alto, cortando depois com a borracha Tackifire e provocando um arco considerável e muito liftado. Hugo Pinto recebeu a bola muito alta e o ponto acabou por ir parar ao adversário na sequência da troca de bolas. Mas foi bonito.

Também bonito foi mais um mergulho de Luís Graça à voleibolista (uma imagem de marca). Desta feita, Jorge Roxo impediu Luís Graça de brilhar, pois resolveu tocar na bola pela segunda vez consecutiva, perdendo de imediato o ponto. Esteve mal, pois eu já me encontrava em pleno voo, com licença da torre de controlo, em perfeitas condições de tocar a bola.

Hugo Pinto reconheceu com “fair-play” mais um momento de circo.

Depois foi só recolher aos balneários e trocar meia-dúzia de piadas com os outros participantes. E agora está na hora de ir escrever um bocado para o workshop do Sinistierra.

E posso dizer que durante o intervalo do workshop limpei mesmo a minha raqueta com a espuma de barbear Gibbs. O que deixou banzados os meus camaradas dramaturgos.

ATENÇÃO! ESTOU NO GOZO!











(Sei lá se começam a limpar as raquetas com Gibbs. O meu produto é da marca japonesa Butterly — em português Manteiga Voadora — modelo 165. Butterfly Tamasu Tokyo Made in Japan. Diz em baixo do frasco. Parece mesmo creme de barbear...)

PSSST : aqui só entre nós, mesmo só entre nós, camarada leitor, ainda temos esperança de ganhar uns jogos antes que o campeonato acabe. São questões de fé. Não se discutem.

“Capotes” deram bastante jeito, obrigado!

A Oeste nada de novo, senhores leitores. Luís Graça e Jorge Roxo continuam a sua entusiasmante saga de (in)sucessos. Mais uma jornada, mais uma viagem.
E se até nevou em Lisboa, imaginem como estava a temperatura ambiente do pavilhão do Inatel na noite de 29 de Janeiro de 2007. Fresquito!...
Por isso mesmo, queríamos agradecer aos adversários que ao longo da noite nos foram presenteando amavelmente com alguns “capotes”. Nada melhor do que uns “capotes” para aquecer a alma.

Com o frio, uma simples bola proveniente de um “smash” pode mesmo aleijar, se bater num dedo. Claro que não é dor que dure mais de cinco segundos, mas nesses cinco segundos dá para dizer umas asneiras.
Por isso, os balneários cheiravam mais a linimentos e pomadas do que nos outros dias. Luís Graça, pomado-dependente, este ano nem tem posto o seu querido Flameril Gel. Por uma questão de preguiça.





















Obviamente, alguns mesa-tenistas apareceram no recinto vestidos com casacos e calças de fato de treino. Como também é óbvio, os árbitros incitaram-nos a um “strip-tease” regulamentar, para que pudessem actuar de “corpinho bem feito” (só camisinha e calções). Cumprindo os regulamentos à risca, nem no aquecimento os atletas podem estar de fatos de treino. Mas o bom senso e o diálogo devem imperar e a saúde está primeiro. Assim, vários pares actuaram de “vestidos de noite”, com a anuência dos adversários e dos árbitros.
Apesar disso, ainda houve alguns diálogos mais acalorados com a arbitragem, por causa do frio. Não se chegou aos insultos nem às vias de facto, por causa dos fatos. Mas as vozes elevaram-se um nadinha.

Com o frio, escusado será dizê-lo, é mais fácil uma pessoa lesionar-se. No meu caso, concretamente, posso afirmar que tenho algumas dores nos joelhos (principalmente no esquerdo), ainda que não sejam nada de preocupante. Resultado dos “sprints” laterais característicos dos jogos de Pares. Há muito mais travagens e pára-arranca do que num jogo de Singulares. Só não se gasta gasolina.
Jorge Roxo acusou uma pequena torção na região dorsal, após uma série de jogos consecutivos, o que impediu a nossa equipa de adiantar um encontro para a jornada seguinte.



Vamos então aos (tristes) factos.





















Primeiro jogo da noite frente à dupla Luís Esteves/Paulo Malva, dos Bombeiros Voluntários de Alverca.
A dupla Luís Graça/Jorge Roxo actuou desinibida, pois a diferença de nível é enorme. A derrota por 8-11, 8-11 e 3-11 mostra a clara superioridade adversária. O parcial que corresponde melhor à realidade é o de 3-11.
Luís Graça continuou a apostar em serviços muito agressivos, bola corrida em top-spin, para o fundo da mesa (falhou apenas um serviço na noite toda). Mas Luís Esteves não se deixou impressionar e muitos ataques vieram a seguir aos serviços de Luís Graça, deixando Jorge Roxo sem qualquer hipótese de blocar com êxito os “smashes” cruzados ou à linha de Luís Esteves.
Paulo Malva subiu de produção ao longo do jogo e no terceiro “set” o domínio dos alverquenses foi total.
Equilíbrio vincado existiu apenas até meio do primeiro “set”.

















Seguimos para bingo. Segundo encontro da noite.
Como a “floresta de ilusões” de Luís Graça e Jorge Roxo ainda não tinha ardido totalmente, foi com alguma esperança que se dirigiram para a mesa, a fim de defrontar a segunda equipa de “bombeiros”: Ricardo Cruz/Rui Vicente, acabadinhos de triunfar por 3-2 na mesa adjacente, após uma emocionante “negra”.
Afinal, Jorge Roxo triunfara sobre Rui Vicente no Distrital de Singulares(Vicente chegou às meias-finais) e Luís Graça perdeu apenas por 3-2 com Ricardo Cruz, depois de ter estado a vencer por 2 sets a 0 e 7-2 na “negra”, para acabar derrotado por 3-2.
Mas no ténis de mesa o todo não é igual à soma das partes.
Os serviços de Luís Graça causaram muitas dificuldades a Ricardo Cruz no encontro de Singulares, mas em Pares a história é totalmente diferente. O posicionamento dos adversários é diverso e não há necessidade de cobrir a mesa toda na altura da recepção ao serviço. Nem sequer é possível, para começar e acabar a conversa!..


O nosso par deu a luta possível e equilibrou as operações nos três “sets”, mas nas alturas decisivas faltou-nos sempre “um bocadinho” para levar a nau a bom porto.
Luís Graça foi completamente ineficiente no bloco e bastante permeável na recepção aos serviços (principalmente de Ricardo Cruz). Jorge Roxo esteve melhor nestes dois aspectos, mas mesmo assim não chegou. Notou-se, no entanto, clara melhoria no que toca aos ataques cruzados de revés, se pensarmos no que tinha acontecido na jornada anterior.
Derrota por 8-11, 6-11 e 7-11.

Mas nem tudo são más notícias. A terceira equipa dos “bombeiros” não teve a mínima hipótese de discutir o jogo com Luís Graça/Jorge Roxo. Não fizeram um único ponto. E Luís Graça/Jorge Roxo também não. Carlos Matos/Pedro Mendes desistiram do campeonato.
As derrotas serviram-nos de lição. Para a próxima deixamos as raquetas em casa e vamos para a mesa equipados de capacetes doirados muito bem areados e machadinhas bem afiadas.
Sempre queremos ver se o GD BV Alverca se atreve a ganhar...

Mudança de grupo. Como ainda só tínhamos três derrotas com as equipas do Caselas FC (ver um post anterior — ‘Caselas não deu goelas’), soube-nos bem jogar mais dois encontros com pares do Caselas.
Primeiro, Amadeu Afonso/José Moreira.
No que toca a Luís Graça, o historial competitivo diz-nos que nunca triunfou face a estes dois adversários nos Singulares. E se os encontros com José Moreira têm vindo a encurtar a distância pontual entre os dois atletas, o inverso acontece com Amadeu Afonso, que despacha Luís Gaça em três penadas.
Jorge Roxo bate-se de igual para igual com qualquer deles.





Este foi o nosso melhor jogo da noite e chegámos a ter a sensação de que a vitória era possível. Perdemos o primeiro “set” por 7-11, devido a alguns erros no final. Atingimos o nosso melhor nível competitivo nos dois “sets” seguintes, em que triunfámos pelo mesmo resultado: 11-9. A vencer por 2-1, não nos podíamos desconcentrar.
A meio do quarto “set” desconcentrámo-nos. E um parcial de 6-11 levou-nos para a “negra”. Em que fomos completamente arrasados, por 3-11. Passado o efeito da surpresa, o adversário subiu de nível e as respostas ao serviço de Amadeu Afonso foram factor determinante na vitória dos adversários.


Para terminar a noite, levámos mais três secos de Adelino Martins/Matos Chaves. E nem sequer nos valeu a amizade do Adelino e o facto de Matos Chaves ter chegado em cima da hora, iniciando o encontro tipo Chilly Willy: completamente frio.
Resultado curto e grosso: 4-11, 5-11, 3-11. Com a dupla adversária a jogar à vontade.
Adelino Martins possui borrachas anti-top e corta totalmente os efeitos de top-spin dos serviços. O que impediu Jorge Roxo de atacar. E se o nosso par apostava em meter a bola na mesa, as ágeis deslocações de Matos Chaves acabavam por concluir os pontos com potentes smashes de direita, muito bem colocados.
Ficámos convencidos. O futebol é assim mesmo.

O relógio caminhava para as 22 horas. Estávamos no pavilhão desde as 19. O Jorge com dores nas costas. Eu cheio de fome, pois viera directo de um workshop de teatro, com José Sanchez Sinistierra.
Curiosamente, até na cave do teatro D.Maria se falou de ténis de mesa. Falou o dramaturgo, referindo-se a diálogos tipo pingue-pongue: falas tu, falo eu, falas tu, falo eu.

Estava na hora de ir para o duche. O banho de ténis de mesa já tinha acabado.

Nos balneários, o prazer da mesa foi tema. Ouvi falar de “massada de cherne”, “o bacalhau estava muito bom, às vezes o cherne enjoa”, em lulas e outros petiscos. Falava-se de almoços, jantares e patuscadas. Combinava-se almoço para o dia seguinte.
Eu e o Jorge já tínhamos enfardado o suficiente e batemos em retirada.
E vamos ver se ele não me dá com a raqueta, depois destes exercícios de escrita.
É bem verdade que eu já fazia as crónicas dos nossos encontros nos campeonatos de Equipas, há uns dez anos. E o Jorge Roxo e o Carlos Domingues riam-se bastante. Mas nessa altura as crónicas não eram públicas...
Funcionavam em fotocópias e era tudo manuscrito.

Hoje o post é dedicado ao Carlos Domingues. Grande jogador e grande amigo. As responsabilidades da tripla paternidade e do trabalho afastaram-no do nosso convívio.
Temos saudades tuas, Carlos.
(Principalmente das vitórias que nos davas)

domingo, janeiro 28, 2007

Caselas não deu goelas




As equipas do Caselas FC foram demasiado fortes para Luís Graça/Jorge Roxo, derrotados na 3ª jornada do Distrital de Pares do Inatel, sem apelo nem agravo, pelas duplas Fernando Carvalho/Rogério Dias, Romeu Cruz/Nelson Mourinho e José Kerque/Stefan Reitz.

Num pavilhão do Inatel com temperatura bastante baixa (os mesa-tenistas quase não transpiraram, apesar de se terem movimentado bastante),a frieza dos números diz quase tudo sobre o que se passou.

No primeiro encontro, Fernando Carvalho/Rogério Dias venceram pelos parciais de 11-6, 11-4 e 11-7. Seguiu-se o par Romeu Cruz/Nelson Mourinho, que triunfou por 11-8, 11-4, 11-13 e 11-9. Apesar de algum equilíbrio, notou-se que a dupla adversária concedeu algumas facilidades no “set” conquistado por Roxo/Graça. Finalmente, a jornada concluiu-se com o êxito de José Kerque/Stefan Reitz, por 11-5, 11-3 e 11-3.

Algumas trocas de bolas mais demoradas não foram o suficiente para esconder as limitações do par Roxo/Graça, habituado a competir em Pares apenas um dia por ano. Manifestamente pouco para defrontar Pares que levam muitos anos de ténis de mesa e são superiores em todos os aspectos.

Mesmo assim, saliente-se que Luís Graça apenas falhou um serviço em 10 sets disputados, tendo alcançado vários pontos logo após o seu serviço, alternando bolas em top spin mais directo (com a borracha Tackifire), com bolas de top spin mais liftadas (com a borracha Tackiness Drive). Efectuou ainda bastante serviços cortados, com a bola curta a sair da mesa.

Jorge Roxo sentiu bastante dificuldades para atacar bolas em pancada de revés, coisa que habitualmente faz com boas percentagens de êxito nos encontros de Singulares.

Luís Graça efectuou ainda vários “mergulhos” para o solo, na tentativa vã de ganhar pontos impossíveis. E foi mesmo em mergulho com direito a deslize prolongado pelo solo que o encontro se concluiu, levando Luís Esteves (BV Alverca) a tentar contratar Luís Graça como guarda-redes.


Campeonato Distrital de Pares do INATEL

Jorge Roxo e Luís Graça
vencem primeiro jogo



Algum dia tinha de ser, após anos de aturados esforços. A dupla de mesa-tenistas Individuais Jorge Roxo (14º classificado no Distrital de 3ª Categorias do Inatel, Singulares) e Luís Graça (26º) derrotou uma dupla do Santander/Totta no primeiro encontro de Pares da temporada.
A vitória sobre Janino Pereira (18º em Singulares) e Manuel Espírito Santo Alves ocorreu pelos parciais de 11-9, 11-6 e 11-4. O encontro disputou-se no pavilhão principal do Estádio 1º de Maio, em Lisboa.

Até esta época o Campeonato de Pares disputava-se de tarde, sob a forma de um torneio, com eliminação à 2ª derrota, que o par Luís Graça/Jorge Roxo fazia questão de alcançar o mais cedo possível, para encontrar os balneários vazios e assim fugir à “hora de ponta” dos duches.

Esta temporada os moldes são diferentes, pelo que Luís Graça/Jorge Roxo serão potencialmente obsequiados com muito mais derrotas. A pauta competitiva está dividida em grupos de três equipas, que defrontam os restantes grupos na primeira fase. Como o terceiro par do grupo desistiu, é seguro afirmar que Luís Graça/Jorge Roxo triunfaram em dois encontros na primeira jornada nocturna.



Quanto ao encontro propriamente dito, a chave da vitória estava na capacidade de evitar a pancada de revés de Janino Pereira, um mesa-tenista que se sagrou uma vez campeão do Inatel em Singulares (2ª categorias) e prima pela regularidade.
No primeiro “set”, Graça/Roxo iniciaram o jogo da pior forma, chegando rapidamente ao 1-5. Apesar disso, embora não tenham trocado impressões sobre a forma como estava a decorrer a contenda (nem tendo recorrido a um pedido de desconto de tempo), conseguiram recuperar paulatinamente da desvantagem e chegaram ao 11-9. Os dois “sets” seguintes foram mais fáceis.

Como nota de reportagem, saliente-se a curiosidade de Manuel Espírito Santo jogar no Santander/Totta, o que prova que as movimentações entre bancos se processam de forma muito rápida.



Por último, um agradecimento ao nosso amigo Gastão Travado, que teve a paciência de imortalizar em imagens e vídeos o encontro de Pares e o treino de Luís Graça e Jorge Roxo.
Não se sabe bem, mas parece que o treino terminou com um resultado favorável a Jorge Roxo por 6-5, em “sets” bem suadinhos.
No último jogo de Singulares entre Jorge Roxo e Luís Graça, a abrir o ano desportivo, a vitória sorriu a Jorge Roxo por 3-0.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Adelino Martins carimbou título




Adelino Martins (CTT) foi o grande vencedor do Distrital de III Categorias do Inatel, ao bater Adelino Marques (3-1) na final do campeonato, disputada no dia 6 de Janeiro no Pavilhão do Inatel, em Lisboa.
O vencedor cumpriu um percurso imaculado, pois triunfou em todos os encontros do seu grupo, que se jogaram no Centro de Formação da Associação de Ténis de Mesa de Lisboa, na Av.Ceuta.
Após 13 vitórias (uma não contabilizada, pois o adversário foi eliminado por faltas de comparência), Adelino Martins era um dos favoritos para a segunda fase do campeonato, desta vez disputada em formato de torneio com eliminação à primeira derrota, num quadro de 32 atletas, oito apurados de cada um dos quatro grupos de qualificação.
Este vosso escriba terminou a primeira fase com 6 vitórias e 6 derrotas e qualificou-se para o torneio final no 6º posto do seu grupo.
Defrontou José Caetano (Marconi) e foi derrotado por 11-6, 8-11, 3-11 e 12-14, tendo desperdiçado três set-points no derradeiro set, em que recuperou de 1-5 para 9-7.
A contenda (arbitrada por Mira Gomes, um velho amigo dos tempos do voleibol da Faculdade de Direito, na III Divisão Nacional e II Regional) terminou com um grande abraço entre os dois competidores.
E pode-se mesmo dizer que a equipa da Marconi retira um duplo prazer da mesa: a dos encontros de ténis de mesa para competir, a mesa dos restaurantes e tasquinhas para conviver.
Uma coisa é certa: Luís Graça fugiu ao último lugar da tabela.
O grupo de qualificação do escriba esteve bem representado no torneio final. Adelino Martins venceu, Rui Gonçalves foi terceiro e Rui Vicente quarto.
Segue-se objectivo idêntico no campeonato de Pares, em que actuará uma vez mais ao lado do seu grande amigo Jorge Roxo, ambos com o estatuto de Individuais.

Cabe deixar aqui um agradecimento público a todos quantos se esforçaram para a realização do campeonato, mormente no que toca à conquista de um espaço de jogo, devido às recentes dificuldades em utilizar as instalações do Parque de Jogos 1º de Maio.

E um particular agradecimento a Carlos Coelho (Departamento Desportivo do Inatel), verdadeiramente inexcedível a "estragar com mimos" os praticantes, de há anos a esta parte.

Ao contrário de José Mourinho, eu estou no Inatel com outros objectivos: "Se não fosse para participar...".
Mas gosto de ganhar, nada de confusões...

Ficha do encontro




Jogo: Sala do Pavilhão Multiusos do Alvaláxia XXI, em Lisboa.
Temperatura ambiente: entre 25 graus iniciais e cerca de 30 a partir da meia-hora de jogo.
Equipa de arbitragem: Federico Lineros, representante da ITTF, Federação Internacional de Ténis de Mesa, e José Rodriguez (Espanha, dupla principal), Luís Sequeira e Júlio Paulo Nepomuceno (Portugal).
Assistência: cerca de 300 pessoas. Lotação esgotada, com instalação de bancadas adicionais.
Treinador de Portugal: Ricardo Faria; Treinador de França: Jean-Claude Ducruet.
Parciais: João Pedro Monteiro, 3 – Damien Eloi, 2: 11-9, (5 minutos); 7-11, (4m), 11-5 (4m), 6-11 (4m) e 11-4 (6m); , Marcos Freitas, 1 – Patrick Chila, 3: 6-11, (6m), 12-10 (9m); 5-11 (6m), 8-11 (11m); Tiago Apolónia – Emmanuel Lebesson, 1-3: 9-11 (6m), 8-11 (6m), 11-9 (9m), 10-12 (11m); João Pedro Monteiro – Patrick Chila, 0-3: 3-11 (3m), 5-11 (5m), 9-11 (9m).

No calor da noite




O ambiente que se viveu na sala de Alvalade foi perfeitamente “infernal”, com temperaturas elevadas (próximas dos 30 graus) e bastante humidade, embora a aderência dos sapatos de ténis ao piso fosse boa.
Nas bancadas, perto de 300 espectadores, na esmagadora maioria directamente ligados ao ténis de mesa. Antigos jogadores “leoninos” como Pedro Miguel, praticantes do Inatel, jogadores do maior campeonato português, dirigentes da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa e da Associação de Ténis de Mesa de Lisboa, entidades organizadoras da competição.
Os dirigentes optaram por uma sala pequena em detrimento de um pavilhão, na tentativa de criar um ambiente de intensa pressão para o seleccionado gaulês. O que foi conseguido, diga-se, com um apoio entusiasta e sempre muito correcto. Houve ruído, mas sempre entre os pontos. Não se ouviram insultos ao adversário, que no final teve mesmo direito a uma merecida salva de palmas.
Fernando Gomes, director-técnico nacional, explicou que “era difícil encontrar nesta altura um pavilhão com uma temperatura mínima de 16 graus, condição obrigatória, por isso optámos por esta sala”.

Fernando Gomes: “Excelente prestação”

“Lutámos bem e tivemos uma excelente prestação, mas não chegou para derrotar esta magnífica equipa francesa. De qualquer forma, acredito que não vamos desperdiçar a oportunidade de que ainda disporemos frente à Itália. Convém não esquecer que os franceses actuaram com os 13º e 17º jogadores do ranking europeu”, disse o director-técnico nacional, Fernando Gomes, ao repórter do “Diário Desportivo”.
Por seu turno, o treinador francês, Jean-Claude Decret, salientou a qualidade de Portugal: “Estes jovens são muito promissores e tivemos de actuar ao nosso melhor nível para vencermos. Eu disse aos meus jogadores que era importante não estar a pensar nos critérios de desempate e vencer apenas dois jogos. Viemos para ganhar o encontro. Quanto ao Europeu de Belgrado, tudo pode acontecer com a França, mas depende do sorteio, já que a competição se inicia com uns oitavos-de-final. Triunfando, podemos chegar às medalhas. Perdendo, teremos de nos contentar com a disputa dos lugares entre o 9º e o 16º, não é?”.
João Pedro Monteiro e Tiago Apolónia estavam algo abatidos no final do encontro, como é natural, mas muito serenos e de consciência tranquila.
“A vitória no jogo com o Eloi motivou-me bastante, mas os franceses têm dois jogadores do Top-40 mundial. Há que levantar a cabeça e começar a trabalhar já para o encontro com a Itália. No campeonato alemão fui bastante bem recebido e a língua alemã não se constitui como uma barreira na equipa, pois todos falamos inglês”, confessou João Pedro Monteiro, rodeado pela família (pai, mãe e irmão mais novo, também jogador).
Quanto a Tiago Apolónia, não encontrava explicação para ter deixado fugir as confortáveis vantagens pontuais de que dispôs:
“Nem sei bem como explicar. Acho que não teve a ver com questões tácticas. Penso que a vitória no primeiro “set” seria muito importante, para me deixar menos pressionado no resto do jogo. Mas acho que estou a jogar melhor do que na primeira ‘mão’, em França, apesar de lá ter vencido o tri-campeão francês. Sinto que evoluímos. Quanto à minha estada na Alemanha, estou satisfeito. Até agora ainda não tive problemas em obter dispensas para poder actuar pela selecção portuguesa”.

Doce de Chila com travo de "amarguinha"




2ª “mão” das meias-finais de acesso à I Divisão Europeia Masculina

Portugal, 1 França, 3

A selecção portuguesa sénior masculina de ténis de mesa perdeu com a França, por 1-3, no encontro da 2ª “mão” das meias-finais de acesso à I Divisão Europeia Masculina, disputado terça-feira à noite na sala do Pavilhão Multiusos do Complexo Alvaláxia XXI, em Lisboa, onde o Sporting recebe os seus adversários. Esta derrota não impede o conjunto luso de estar presente no Europeu da Sérvia, em Belgrado, entre 25 de Março e 1 de Abril. “Basta” ganhar à Itália na última oportunidade de chegar a este grande certame mesa-tenístico. Primeiro, recepção aos transalpinos em Portugal (local a designar, a 6 de Fevereiro), seguida de deslocação à mesa dos oponentes(a 13 do próximo mês), que venceram a Holanda por 3-2, em Itália, o que não chegou para a qualificação directa, face ao resultado da primeira “mão” na Holanda.

João Pedro começa da melhor forma

O encontro começou da melhor forma para Portugal, com João Pedro Monteiro (recente número 118 do ranking mundial,que actua no clube alemão Ochenhausen) a levar de vencida o gaulês Damien Eloi (nº 33 do mesmo ranking) por 3-2, com expressivo 11-4 na “negra”, após cerca de meia-hora de enorme emoção.
Actuando na mesa do clube onde adquiriu projecção, o jovem esquerdino entrou de forma explosiva no quinto “set”, trocando de extremos na mesa (o que acontece na partida decisiva, a “negra”) a vencer por 5-0, uma vantagem moralizadora.
O português teve no serviço e no top-spin de direita, cruzado, para o fundo da mesa, duas das suas principais armas frente a um atleta que não actuou no encontro da primeira “mão”, mas cuja experiência foi considerada uma mais-valia pelo treinador francês, Jean-Claude Decret. Eloi bem tentou, mas não conseguiu “pôr na mesa” todo o seu potencial ofensivo, por inteiro mérito do português.


O segundo elemento gaulês a entrar em jogo foi o veterano Patrick Chila (37 anos, 35º do ranking mundial, multi-medalhado em Singulares e Pares nas principais competições internacionais, tendo atingido o 15º posto do ranking mundial em 1999).
Patrick já tinha sido perfeitamente decisivo no jogo da primeira “mão”, com duas vitórias, repetindo a dose em Lisboa, com êxitos sobre Marcos Freitas (3-1) e João Pedro Monteiro (3-0). E se o actual atleta do Cérgy-Pontoise (após mais de uma década a actuar em clubes de topo como o Levalois e o conjunto belga do Charleroi) ainda se irritou com a belíssima réplica do madeirense Marcos Freitas (que joga pelos germânicos do Julich, localidade próxima de Colónia), não deu qualquer tipo de hipótese a João Pedro Monteiro, sem soluções para a maior maturidade de Patrick, apesar de exibir alguns quilos a mais para um mesa-tenista de Alta Competição.
Marcos Freitas ainda conseguiu empatar a sua partida a um “set”, após um suado 12-10, mas o seu óptimo bloco e a magnífica capacidade defensiva não deram para mais. A experiência e o talento de Chila revelaram-se demasiado fortes.

Tiago prometeu muito

A derrota portuguesa começou a definir-se no terceiro jogo da noite, em que Tiago Apolónia (183 mundial, a representar os teutónicos do Saarbrucken) não conseguiu aproveitar o balanço da vitória de João Pedro Monteiro no primeiro jogo.
O ex-estrelista (actuou desde muito jovem no Estrela da Amadora), que é um atleta sereno e cerebral, desperdiçou significativas vantagens em dois dos três “sets” em que foi derrotado por um jovem “foguetão” francês, Emmanuel Lebesson, com um ranking algo “enganador” (246).
Comandou por 7-3 no primeiro “set” e perdeu por 11-9; esteve a liderar por 4-1 e 5-2 no segundo “set” e cedeu por 11-8; adiantou-se por 7-3 no terceiro “set” e permitiu a reviravolta por 7-8, antes de triunfar por 11-9, vencendo os derradeiros dois pontos nos jogos de serviço do francês, um esquerdino totalmente de ataque. No quarto “set” a sorte não esteve com o português, que foi derrotado às diferenças, por 12-10.
No último parcial da noite, cedo se percebeu que só muito dificilmente João Pedro Monteiro “trocaria as voltas” a um Patrick Chila repousado e moralizado (houve uma pausa não prevista acordada entre as duas equipas, para obviar ao intenso calor da sala e poder desanuviar a atmosfera).

Os dois primeiros parciais (11-3, em 3 minutos de jogo, e 11-5) dizem quase tudo. A fabulosa recuperação no terceiro “set”, de 1-5 para 9-9, foi um fogo-de-artifício virtual. Uma bola de imensa sorte de Chila deu-lhe o direito a fechar o encontro no primeiro “match-point” de que dispôs, no serviço de João Pedro.
No final de cerca de duas horas e meia de encontro (iniciado às 20h40m e terminado às 23h10m), a festa não foi só gaulesa. Triunfou a modalidade; triunfou a assistência, privilegiada por assistir a um encontro deste nível, numa “gala” histórica para o ténis de mesa português.

Luís Graça