o prazer da mesa

Mini-localidade (não chega a ser um sítio na rede) dedicada ao ténis de mesa nas sua múltiplas vertentes. Divulgação altruísta e exibicionismo vão de um praticante do INATEL que também é jornalista.

sábado, julho 07, 2007

Portugal e Espanha decidem Liga Europeia


As selecções de Portugal e Espanha vão decidir hoje, pelas 18h30m, no novíssimo equipamento "Arena" de Portimão, a atribuição do título europeu da Final Four da Liga Europeia de Voleibol, após terem afastado, respectivamente, a Eslováquia (3-1, com parciais de 25-21, 20-25, 25-21 e 25-23) e a Eslovénia (23-25, 25-22, 25-18 e 25-23).

Para a Federação Portuguesa de Voleibol, esta ida à final de uma grande competição recompensa a aposta na organização da Final Four numa zona do país em que a implantação da modalidade está longe de ser vasta. Isso mesmo destacou o técnico do conjunto português, o brasileiro Jorge Schmidt, que procura trabalhar o "astral" da selecção lusa.

"Toda a minha vida ganhei e perdi. No voleibol não há empates, por isso quero que os jogadores tenham alegria no jogo", afirmou na Conferência de Imprensa que se seguiu a uma emocionante partida.


Após um excelente início de encontro (vitória no primeiro set conseguida de forma convincente), Portugal baixou de rendimento e permitiu que a Eslováquia "reentrasse" no jogo, vencendo o segundo parcial.

A boa reacção da equipa portuguesa no terceiro set deixou a equipa à beira do êxito inédito de chegar à final de uma grande competição mundial. E tudo parecia encaminhar-se nesse sentido. Portugal estava a vencer por 8-5 quando se deu o "caso do jogo" e um acontecimento raro no voleibol.

A formação inicial de Portugal estava errada, mas o árbitro validou-a.
A mesa atrás do árbitro não se apercebeu do erro. O mesmo acontecendo com os representantes da CEV (Confederação Europeia de Violeibol). Foi mesmo a equipa técnica portuguesa que notou esta irregularidade e o capitão da selecção portuguesa sabia que era forçado a parar o jogo, para obviar a que depois de uma vitória no quarto set acontecesse o protesto da selecção eslovaca.

Segundo o presidente da Federação Portuguesa de Voleibol, Vicente Araújo, o que deveria ter acontecido era o recomeço do set com o marcador em 0-0.
O que aconteceu na realidade foi o recomeço da partida, após mais de dez minutos de paragem, com a alteração do resultado de 8-5 favorável a Portugal para 5-0 a favor do adversário.

Portugal reagiu muito bem a esta situação e recuperou para 5-6, mas depois permitiu diferenças de 11-14, 15-19 e 17-21, favoráveis aos forasteiros.
Quando tudo indicava que a ida à final se decidiria numa emocionanta negra", um belo volte-face dos portugueses permitiu que o marcador voluísse desta forma: 20-12, 20-22, 21-22, 21-23, 22-23, 23-23 (poderoso remate de Hugo Gaspar na grande diagonal, que pôs o pavilhão em delírio), 24-23 (bloco de Flávio a duas mãos, empurrando com ligeireza uma bola de ressalto) e 25-23 (serviço de João José e remate para fora do adversário).


Foi a grande festa de público, dirigentes e jogadores num palco digno e bem equipado para uma final europeia.

A partir de agora, que não se diga que um Portugal--Espanha numa grande final europeia é apanágio exclusivo do hóquei em patins.

Assim o público corresponda hoje em bom número no "Arena" de Portimão e estão reunidos todos os condimentos para um saboroso pitéu voleibolístico.